quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Entrevista com Dr. Fernando Quadros

Drº Fernando Quadros realiza transplantes desde 2006. Em Vitoria da Conquista, o primeiro transplante foi realizado em Adelina Madalena da Silva, 70 anos, residente de Itambé.

Quando foi realizado o transplante?
Em 19 de outubro de 2009
Como foi feito?
As córneas foram captadas em Vitória da Conquista, pela equipe de captação, que é um grupo de profissionais da área de saúde bem treinados e sempre prontos para realizarem a abordagem e captação. Elas foram transportadas para o banco de órgãos de Salvador, onde foi feita uma avaliação, preservação e disponibilização para as equipes transplantadoras. A cirurgia teve com duração de 1 hora.
Por que ela precisou fazer o transplante?
Ela precisou ser transplantada porque sofreu uma lesão no olho, e por conta disso estava perfurando a córnea, se essa perfuração persistisse, a paciente perderia o olho. Então, fizemos a cirurgia de emergência pra recuperar, na verdade, mais o olho que propriamente a visão.
Como a paciente está se recuperando?
Ela está se recuperando muito bem, está enxergando vultos e se seu organismo continuar respondendo, ela voltará a enxergar como antes.
Quais são os riscos do transplante?
A pessoa pode ficar cega ou ter rejeição do organismo.
Até quantas horas depois de ir a óbito serve pra ser doada?
Ate 6 horas depois de decretado o óbito.
Qual a importância da doação?
Devemos conscientizar que se podemos devolver a vida de outras pessoas quando a nossa for perdida, devemos fazer essa caridade, falar e mostrar que além de estar doando os seus órgãos estamos doando vida.

Doadores são como borboletas... trazem a primavera.

Ajude-nos a salvar vidas...

Ajudar a salvar a vida de alguém só pode trazer felicidade para os dois lados...

"Antes do transplante, a vida era muito difícil, eu não tinha disposição nenhuma pra sair de casa, até comer era complicado, além disso, três vezes por semana eu precisava vir até Santa Maria para fazer hemodiálise. O problema é que onde eu moro não tem ambulância, por isso vinha de ônibus. Eram três horas de viagem até o hospital, às vezes fazia diálise só por duas horas (o ideal seriam quatro) porque precisava voltar pra rodoviária. Agora tenho uma vida normal, posso sair e sou muito mais disposto pra tudo. Queria conhecer as famílias que me ajudaram, mas é muito difícil. Gostaria que eles soubessem que graças a Deus e a esse ato de superação, hoje eu estou bem."
Wilson de Moura - recebeu um rim há quatro anos.

Ajude-nos a ajudar mais vidas... doe órgãos!!!

Seja doador você também...

Entrevista com Dr. Magnovaldo Marques

Entrevista realizada com o médico Dr. Magnovaldo Marques, especialista em clínica e cirurgia geral, que emitiu sua opinião sobre a doação de órgãos.

Existe algum impacto psicológico sobre os indivíduos portadores de órgãos trasnplantados?
Se existem, só se for positivos, pois a alegria de receber um órgão trás uma nova esperança de vida, modificando o ambiente familiar, tornado as pessoas mais humanizadas.

O processo pós-operatório é muito doloroso para o paciente?
Não só do ponto de vista físico, mas também comportamental, pois o transplantado cria uma expectativa em torno da nova oportunidade posta. Pois o risco de uma rejeição é muito grande, frustrando muitas vezes a expectativa do recebedor do órgão transplantado.

Quais os cuidados que uma pessoa transplantada deve tomar?
Todos, pois a cirurgia de um transplante é de alto risco, principalmente pelas drogas usadas para diminuir a rejeição, que são os medicamentos imunossupressores que tornam a imunidade do corpo muito suscetível a outras infecções, tais como gripes, tuberculose, etc.

De que forma podemos diminuir o preconceito ou esclarecer as pessoas sobre como funcionar a doação?
O governo deve melhorar a estrutura dos hospitais, habilitando-os a realizarem transplantes. Isso está restrito a São Paulo e outras capitais. Enquanto a população não ver de perto esses benefícios, dificilmente vai atender ao apelo de atores da televisão. As campanhas tem que se interiorizarem, ficar mais fácil próximas da sociedade, se quisermos que elas surtam efeitos.

Quais os medicamentos utilizados no pós-transplante e quanto tempo dura o tratamento?
São drogas imunossupressoras, que podem ser usadas por um período ou até por uso contínuo a depender do órgão transplantado.

Oração do Doador

Não chamem o meu falecimento de leito da morte, mas de leito da vida.
Dêem a minha visão ao homem que jamais viu o raiar do sol, o rosto de uma criança ou o amor nos olhos de uma mulher.
Dêem o meu coração a uma pessoa cujo coração apenas experimentou dias infindáveis de dor.
Dêem o meu sangue ao jovem que foi retirado dos destroços de seu carro, para que ele possa viver para ver os seus netos brincarem.
Dêem os meus rins às pessoas que precisam de uma máquina para viver de semana em semana.
Retirem os meus ossos, cada músculo, cada fibra e nervo do meu corpo e encontrem um meio para fazer uma criança inválida caminhar.
Explorem cada canto do meu cérebro. Retirem as minhas células, se necessário, e deixem-nas crescerem para que, um dia, um menino mudo possa ouvir o gritar em um momento de felicidade ou uma menina surda possa ouvir o barulho da chuva de encontro à sua janela.
Queimem o que restar de mim e espalhem as cinzas ao vento, para que elas ajudem as flores a brotarem.
Se tiverem que enterrar algo, que sejam meus erros, minhas fraquezas e todo o mal que fiz aos meus semelhantes.
Dêem os meus pecados ao diabo. Dêem a minha alma a Deus.Se, por acaso, desejarem lembrar-se de mim, façam isso com ação ou palavra amiga a alguém que precise de vocês.
Se fizerem tudo o que pedi, estarei vivo para sempre.
(Autor desconhecido)

Eu, Edilson dos Santos Coelho, 30 anos...


Descobri há 7 anos a minha insuficiência renal, através de exames de rotina com um clínico geral. Como não sentia nenhum sintoma, foi complicado a identificação da enfermidade, caracterizada por glomerulonefrite. Contudo, isso não me impede de realizar atividades rotineiras, sou uma pessoa normal!!!
Realizo seções de hemodiálise a um ano e seis meses, 3 vezes por semana durante um período de 4 horas. Como tudo o que quero, mas procuro sempre evitar alimentos que contém fósforo e potássio.
Sobre a fila única... eu não cheguei a ser “alistado”. Em minha família há várias pessoas compatíveis. Minha mãe é uma delas. E foi durante a realização dos exames preparatórios que descobrimos que ela também possui a mesma doença e assim, ficou impossibilitada de me doar um dos seus rins. Então, minha tia Maísa, também compatível para a doação, realizou os mais de 80 exames, e será minha doadora, na cirurgia que se realizará em janeiro de 2010.
Um aviso àqueles que ainda não sabem porque doar: a doação é um gesto de amor e salva vidas!!!